Comunidade fala de medo e resistência depois das eleições

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Medo, dúvida, incógnita, ansiedade, choque, tristeza, frutração. Estas as palavras que definem como brasileiras e brasileiros se sentem após a eleição presidencial de novembro último. “Eu senti raiva”, disse Brian, 10 anos, que na quarta-feira dia 30 entregou ao prefeito Marty Walsh, de Boston, carta em que pede proteção para sua família. Brian, a mãe Lucimara Rodrigues e a voluntária Camila Gascon representaram o Grupo Mulher Brasileira no evento “We Are Boston” semana passasdsa. “Em seu discurso”, contou Brian, “o prefeito disse que temos de lutar pelos nossos direitos e pelos direitos dos imigrantes”.

A reunião promovida pelo GMB na quinta-feira passada reuniu brasileiras e norte-americanas que discutiram qual o impacto do resultado das eleições, o que pensam vai acontecer depois do dia 20 de janeiro e como contrapor as situações difíceis que certamente vão surgir. Nalva Pinto, por exemplo, contou de uma conversa no Facebook em que foi dita para voltar para o Brasil por uma norte-americana. Nalva trabalha em um café e disse que não ouve muitos comentários dos clientes embora 3 clientes homens sempre expressam solidariedade. Quanto ao Facebook, ela disse que precisa parar de ler as mensagens “porque não é saudável” e disse que vai denunciar atos de discriminação e preconceito na linha de emergência da Procuradoria Geral do Estado (800-994-3228).
Jessica Gutierrez, que veio do Peru, tem um bebê de um ano e é casada com brasileiro, ficou só escutando. “Eu concordo com tudo que estão dizendo e acho que temos de lutar, não podemos ficar paradas”. 

Lydia Simas e Heloisa Galvão, do Grupo Mulher Brasileira, falaram de ações e movimentos planejados em todo o país. Em Boston, disse Lydia, sempre tem uma ação, às vezes mais com norte-americanos, mas sempre tem uma movimentação para incentivar a luta contra o preconceito e a discriminaçnao, crimes de ódio. Heloisa acrescentou que há muitas reuniões a nível local, estadual e nacional, de planejamento para o ano que começa em menos de 30 dais. Ela anunciou a marcha nacional em Washington dia 21 de ajneiro e o dia 14 de janeiro que foi declarado Dia Nacional de Ação. “É muita coisa acontecendo e tem muita gentee preocuapda e oferecendo ajuda, gente que nunca participou antes, pessoas que não estão nacomundiade mas estão preocupadas com as perspectivas e querem fazer algo para proteger os imigrantes”, disse Heloisa. 

Uma ação defendida por Brian e por outas pesosas presente é o conceito de cidade santuária, quer dizer, cidades que se comprometem a proteger os imigrantes e a não fazer acordos entre a polícia e o ICE (a imigração). “Em Massachusetts stem umas 5 cidades santuárias, Cambridge, Somerville, Lawrence, entre outas”, disse Heloisa, lembrando que o prefeito Walsh disse estar disposto a declara Boston cidade santuária apesar da ameaça do futuro Presidente de cortar fundos federais para as municipalidades que fizerem isso. Heloisa defendeu uma ideia mais abrangente, espaços santuários em que negócios, lojas, hospitais, escolas, bibliotecas, igrejas e organizações se declarem santuários. “Nós declaramos o Grupo Mulher Brasileira espaço santuário e nos comprometemos a proteger as pessoas aqui dentro”.

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